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“02” da Polícia Federal deixa cargo para integrar a Interpol

O diretor-executivo da Polícia Federal (PF), Gustavo Leite de Souza, deixará a cúpula da instituição. A partir de 7 de novembro, o delegado integrará a Secretaria-Geral da Interpol, a rede internacional de polícias que será comandada pelo também delegado da PF, Valdecy Urquiza.

Urquiza foi eleito em junho pelo conselho da Interpol para ocupar o cargo de secretário-geral do organismo internacional.

Na próxima terça-feira (5), em Glasgow, no Reino Unido, seu nome será referendado em assembleia-geral, com a aprovação de representantes de 196 países.

Urquiza escolheu pessoalmente o diretor-executivo para compor sua equipe na Interpol. Souza ocupa o segundo cargo mais alto na PF, respondendo apenas ao diretor-geral, Andrei Rodrigues.

Delegado da PF há 18 anos, Gustavo Souza já atuou como superintendente na Paraíba e foi gerente de Planejamento do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014.

Passo a passo

A 92ª assembleia-geral da Interpol terá sua abertura na segunda-feira (4). No entanto, é na terça-feira (5) que o delegado Valdecy Urquiza fará seu discurso como indicado ao cargo de secretário-geral.

Após essa etapa, os representantes dos 196 países membros da Interpol votam para sinalizar sua concordância ou discordância com a indicação. Urquiza precisa de maioria simples para ser aprovado. Historicamente, todos os nomes indicados pelo Comitê Executivo foram referendados. O evento é considerado um ato ‘simbólico’ para a posse no cargo.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, também estarão presentes representando o Brasil na cerimônia.

Com a aprovação, os trabalhos do novo secretário-geral começam dois dias após a assembleia, em 7 de novembro, na sede da Interpol em Lyon, França, com a equipe completa.

Feito inédito

Em novembro do ano passado, ainda candidato, o delegado Urquiza concedeu uma entrevista à CNN em que disse que era “o momento de a chefia da organização de polícias internacionais ser de um investigador que não seja da Europa ou da América do Norte”.

“A organização completa 100 anos e sempre os mesmos cinco países dirigiram a organização. Quatro da Europa e um da América do Norte. Nós entendemos que é o momento de trazer um pouco mais de diversidade, de outras regiões do globo para contribuir na organização”, declarou.

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