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investidores repercutem falas de Lula e Haddad sobre pacote fiscal

Os mercados se preparam hoje para a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) e a entrevista de seu presidente Jerome Powell, além do anúncio do Banco da Inglaterra (BoE). Aqui, as atenções ficam na reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para fechar as medidas de corte de gastos. Serão divulgados também o resultado primário do Governo Central brasileiro e uma série de balanços, em especial o da Petrobras.

Exterior

Os futuros das bolsas de Nova York sobem levemente, após Wall Street renovar recordes com a vitória de Donald Trump à Casa Branca. Mas os juros dos Treasuries e o dólar caem com uma realização após fortes ganhos, em meio a expectativas de anúncio de corte de 25 bps dos juros pelo Fed e BOE e por dados americanos. As bolsas europeias mostram ganhos leves com reações difusas a balanços. Telefônica caía 1,82% e Air France perdia 11,23% mais cedo, enquanto Arcelor Mittal ganhava 5,66%. Na China, as bolsas avançaram também após números positivos de exportações e sob expectativas de que, após a eleição de Trump, o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China lance um agressivo pacote de estímulos fiscais no fim da sua reunião desta semana, que termina amanhã.

Brasil

Os juros de curto prazo podem cair, já que havia chance residual na curva de um ajuste maior do Copom, que elevou a Selic em 50 pontos-base, a 11,25% ao ano, conforme o esperado. O cenário fiscal deve afetar os ajustes dos demais vértices de juros, câmbio e bolsa, especialmente diante da volatilidade em Nova York. Investidores podem ficar cautelosos após falas do presidente Lula e do ministro Haddad. Lula defende que o ajuste não recaia apenas sobre os mais pobres e cobra contrapartidas do Congresso e empresários. Haddad prevê a conclusão do plano fiscal até o fim da manhã e a necessidade de uma PEC e projeto de lei complementar, mas diz que as propostas podem ser apresentadas antes aos presidentes da Câmara e do Senado. Ou seja, a aprovação e anúncio dependeriam do apoio do Congresso às medidas.

*Agência Estado

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