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Onde investir com a inflação em alta?

Com a inflação galopante, especialistas recomendam investimentos em ativos atrelados ao IPCA. Veja quais são as opções.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,56% em outubro, superando as expectativas do mercado, que eram de um aumento em torno de 0,54%. Este resultado sinaliza uma pressão crescente sobre a inflação, que pode influenciar futuras decisões sobre novos aumentos da taxa Selic, atualmente em 11,25%. 

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Com a inflação crescente, especialistas apontam que ativos que protegem contra seu impacto, como Tesouro IPCA e fundos atrelados à inflação, permanecem como boas opções para os investidores. 

Neste caso, ativos indexados podem ser fundos de investimentos ou fundos imobiliários. Esses ativos ajudam a preservar o poder de compra em um cenário de juros elevados. 

Além disso, a priorização de títulos pós-fixados e IPCA+ é recomendada para proteção contra surpresas inflacionárias. Setores defensivos na bolsa, como utilities, também podem trazer oportunidades de valorização, diz Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

Uma alternativa de investimento nesse cenário são os ETFs de renda fixa, que oferecem vantagens ao investidor que busca ganhos reais e proteção de portfólio. 

“Esses fundos reúnem diversos tipos de títulos, como os do Tesouro Nacional, que são considerados de baixo risco, o que os torna atraentes para investidores que buscam segurança”, explica Raquel Zucchi, head de Research da Investo. 

Entre as opções disponíveis, os ETFs podem ser compostos por títulos prefixados, pós-fixados ou atrelados ao IPCA, índice que reflete a inflação no Brasil.

Para quem busca proteção contra a alta dos preços, Zucchi destaca os ETFs com títulos IPCA+, que oferecem uma rentabilidade real acima da inflação, tais como o NTNS11 e o LFTB11.

Tudo corrobora para uma inflação ainda maior nos próximos meses, diz economista da AZ Quest

A alta de 0,56% veio acima da projeção da AZ Quest, que era de 0,52%, afirma Lucas Barbosa, economista da gestora. “Eu estava na ponta mais otimista dessa divulgação e fui surpreendido com a alta”, destaca. 

Em sua visão, a alta se justifica por um cenário de economia aquecida, “com um quadro de atividade muito forte, com um mercado de trabalho apertado e reajustes salariais relativamente altos, mais altos do que aconteceu no nível pré-pandemia”. 

O economista acredita que o cenário indica uma piora da inflação para os próximos meses, principalmente com o aumento dos preços dos alimentos, junto a depreciação do real frente ao dólar, finaliza. 

A divulgação da inflação mostrou que a taxa acumulada em 12 meses até outubro subiu para 4,76%, acima da meta do Banco Central, que é de no máximo 4,5%.

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