Em uma sessão marcada pela menor liquidez e falta de sinalizações na seara fiscal, o Ibovespa encontrou dificuldade para manter uma tendência única ao longo do pregão e fechou o dia estável, com alta de 0,03%, aos 127.874 pontos.
Ibovespa hoje
O índice oscilou entre os 127.306 pontos e os 128.095 mil pontos. O giro financeiro no índice foi de R$ 13,9 bilhões ante R$ 22,3 bilhões no pregão de sexta-feira.
Já na B3, o volume financeiro chegou a R$ 20,3 bilhões.
Segundo fontes ouvidas pelo Valor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se reunir a portas fechadas com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, no fim da tarde de hoje.
Mas um racha dentro do PT sobre o corte de gastos aumenta a pressão por uma eventual desidratação do pacote.
Uma nova rodada de desvalorização do minério de ferro voltou a penalizar ações como a Vale, que recuou 3,27%, a R$ 58,65. Papéis da CSN também sofreram ao cair 3,91%, a R$ 11,29.
Na contramão do desempenho mais negativo para o petróleo, as ações PN da Petrobras avançaram 0,19% a R$ 36,25, da mesma forma que as ON subiram 0,15% a R$ 39,14.
Em um movimento de ajuste após duas sessões em queda, os papéis da Cogna responderam pelas maiores valorizações da sessão, ao subir 8,82% a R$ 1,48.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou a sessão de hoje em alta, em um dia marcado pela liquidez mais baixa e pela valorização global da moeda americana.
A dinâmica de dólar mais forte foi observada nos principais mercados mais líquidos, em especial nos emergentes, com os investidores ainda de olho na perspectiva do cenário global com as medidas protecionistas do novo governo de Donald Trump.
No Brasil, os agentes financeiros seguiram aguardando as medidas de cortes de gastos do governo, ainda que a ausência de notícias sobre o tema tenha tido possivelmente efeito marginal no câmbio.
Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,7695, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,7629 e encostado na máxima de R$ 5,8163.
Já o euro comercial exibiu ligeira apreciação de 0,01%, a R$ 6,1461.
Perto das 17h05, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,50%, aos 105,521 pontos.
A moeda americana também valorizava 2,42% ante o peso chileno; 1,76% contra o rand sul-africano; e 1,31% ante o peso mexicano.
Bolsas de Nova York
Os índices das principais bolsas de Nova York encerraram o pregão em alta nesta segunda-feira (11), após o novo presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, ter ganhado em todos os sete estados considerados indecisos.
A vitória ampla contra os democratas pode ajudar Trump a levar a cabo a sua guerra tarifária contra a China e compensar essas medidas com corte de impostos para empresas no país.
Ao final dos negócios o índice que reúne ações industriais, o Dow Jones, avançava 0,69%, aos 44.293 pontos, enquanto o indicador que inclui as 500 maiores empresas do país, o S&P 500, subia 0,13%, para 6.003 pontos.
Ambos renovaram mais uma vez suas máximas históricas.
Já o índice que concentra empresas de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, encerrou em alta de 0,09%, praticamente estável.
Bolsas da Europa
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira.
Após um final miserável na semana passada, o FTSE 100 conseguiu redescobrir algum ímpeto, subindo 1% graças a uma forte exibição do setor bancário do Reino Unido”, disse o analista chefe de mercado da IG, Chris Beauchamp.
“A venda de mais de sua participação pelo governo do Reino Unido é outro voto de confiança no NatWest, outro passo no longo caminho para longe da tomada de poder do governo de emergência de 2008.
“Enquanto isso, o dia do setor bancário foi melhorado ainda mais pelo Barclays, que ainda está se deleitando com o brilho da vitória de Trump.”
No fechamento, o Stoxx 600 subiu 1,13%, a 512,37 pontos.
O FTSE 1000 de Londres fechou em alta de 0,65% a 8.125,1 pontos.
O Dax de Frankfurt subiu 1,121% a 19.448,60 e o Cax de Paris subiu 1,20% a 7.426,88.
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