A agenda desta véspera de feriado de Proclamação da República traz discursos dos presidentes do federal Reserve (Fed), Banco Central do Brasil (BCB), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE), além de outros dirigentes do BC americano. Entre os indicadores, destaque para o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos de outubro e IBC-Br de setembro.
Exterior
O sinal positivo prevalece nas bolsas internacionais, mas com fôlego limitado nos futuros de Nova York, enquanto as bolsas europeias têm alta mais firme e a de Frankfurt subia mais de 1% há pouco. O euro ampliou perdas após indicadores da região. O PIB da zona do euro cresceu 0,4% no 3º trimestre, como previsto, e a produção industrial caiu 2%, mais do que o esperado (-1,2%).
Nos EUA, o PPI hoje poderá mostrar leve aceleração em outubro. Ontem, o índice de preços ao consumidor (CPI) confirmou previsões e impulsionou apostas de que o Fed cortará juros mais uma vez, em sua última reunião do ano, em dezembro. Mas a volta de Donald Trump à Casa Branca injeta uma renovada dose de incertezas que impede os dirigentes do Fed de declarem vitória na batalha contra a inflação.
Brasil
Os mercados domésticos seguem na expectativa pelo pacote de cortes de gastos do governo. O Ministério da Fazenda teria indicado ao Congresso que o pacote seria de R$ 70 bilhões em cortes nos próximos dois anos, segundo a revista Veja. Ainda que o anúncio possa ocorrer somente na próxima semana, pistas de que o pacote será robusto podem dar fôlego aos ativos. Fernando Haddad falou ontem à tarde em “pacote expressivo”, o que ajudou a limitar as perdas nos mercados. O dólar, que acumula alta de 19,29% desde janeiro, segue no radar. O diretor de Política Monetária do BC e próximo presidente da autarquia, Gabriel Galípolo evitou responder se há algo a ser feito em relação ao volume de swaps cambiais do BC, perto de US$ 100 bilhões. “É difícil fazer guidance para política cambial”, disse.
*Agência Estado