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Escritórios Verdes da JBS passam a atender produtores de grãos

Os Escritórios Verdes, iniciativa da JBS, será ampliada. Desde 2021, o programa fornece assistência técnica gratuita e serviços de extensão a fazendeiros que desejam melhorar o desempenho ambiental, com práticas sustentáveis e mais produtividade.

Agora, um novo formato entra em testes: a ação chega ao Maranhão e, também, entre produtores de grãos.

O anúncio foi feito pela diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, Liège Correia, nesta sexta-feira, durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, no painel “Alimentando o próximo bilhão: um modelo para construir sistemas alimentares resilientes ao clima no sul global”.

Recuperação de áreas degradadas

A executiva abordou ainda a necessidade de pensar a agricultura, a pecuária e a floresta de forma sistêmica, para produzir mais nas áreas existentes e promover a recuperação de áreas degradadas.

Segundo ela, a partir desse panorama, o Brasil tem aptidão para produzir muito mais, com as áreas já disponíveis para a atividade. “Temos a oportunidade no país de compensar as deficiências de produção, seja por conta da mudança climática ou produtividade das áreas, aumentando a produção nas mesmas áreas”, disse.

A regularização ambiental de propriedades rurais e o maior acesso à ciência e tecnologia para os produtores foram outros pontos abordados no painel.

“Quando a agroindústria assumiu o compromisso público para diminuição do desmatamento, o setor passou pela lógica de bloqueio de fornecedores irregulares. Porém, as empresas entenderam que o ciclo contínuo de bloqueio não terminaria de forma sustentável”, resumiu.

Desde 2021, os Escritórios Verdes possibilitaram que 13 mil propriedades rurais fossem regularizadas, além de 5 mil hectares direcionados para recuperação florestal.

Agricultura regenerativa

A executiva explicou que o programa Escritórios Verdes, fisicamente em 20 unidades da JBS e, mais recentemente, na versão virtual, que permite atendimento em todo o Brasil, vai além da regularização ambiental da propriedade rural.

Isso porque propicia acesso a tecnologias, informações e conhecimentos de gestão para os produtores em harmonia com o conceito de agricultura regenerativa, que promove a preservação dos recursos naturais.

De acordo com Liège, na questão climática, é preciso avançar com urgência no acesso do agricultor, principalmente o pequeno que se dedica à pecuária, a financiamentos que permitam um fôlego econômico para uma atividade mais sustentável.

“Para o produtor rural, o curto prazo é o Pix na conta hoje, para produzir amanhã”, afirmou a diretora, que citou como uma possibilidade promissora a remuneração das unidades de preservação.

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