Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Ibovespa recua com tensões geopolíticas e fiscal no radar; dólar sobe

O Ibovespa operava estável nos primeiros negócios desta terça-feira (19), com as atenções voltadas para a escalada das tensões geopolíticas, especialmente o conflito entre Rússia e Ucrânia, enquanto na cena doméstica as questões fiscais permanecem no radar.

Às 10h16, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,27%, a 127.418,77 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista subia 0,68%, a R$ 5,7861 na venda, uma vez que investidores demonstravam aversão ao risco após um alerta do presidente da Rússia, Vladimir Putin, aos Estados Unidos com uma doutrina nuclear atualizada.

Putin aprovou nesta terça-feira alterações para a doutrina nuclear russa, flexibilizando as condições para um ataque nuclear do país ao permitir o uso de armas nucleares caso sofra uma ofensiva convencional de um inimigo apoiado por um Estado nuclear.

A decisão ocorreu dias depois de o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter supostamente aprovado o uso de mísseis norte-americanos pela Ucrânia para ataques ao território russo.

A escalada das tensões do conflito entre os vizinhos europeus, que marca seu milésimo dia nesta terça, afetava o apetite por risco em mercados de câmbio e de ações em todo o mundo, impulsionando ativos considerados seguros, como o dólar.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,17%, a 106,400.

A fuga do risco afetava particularmente moedas emergentes, mais voláteis nesses cenários, com a moeda dos EUA avançando sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

“A real está em desvantagem em relação às moedas portos-seguros até o momento, já que uma ilustração da aversão ao risco varre os mercados em meio a temores de uma possível escalada na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, até o momento, o movimento tem sido relativamente contido”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

“É provável que continue assim enquanto os mercados considerarem a doutrina revisada de Putin apenas uma ameaça, e não o cruzamento de uma linha que dê início a um conflito mais amplo ou o uso de armas nucleares”, completou.

Os mercados globais também continuam observando a busca do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por um secretário do Tesouro, conforme a disputa pelo cargo parece ter se ampliado após uma pausa no fim de semana.

A perspectiva da implementação de uma nova política econômica que inclua tarifas adicionais e cortes de impostos já vem valorizando o dólar, à medida que analistas consideram os projetos do republicano inflacionários.

No cenário doméstico

Investidores continuam à espera do anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo. A demora na divulgação do pacote, após o governo ter prometido o anúncio para depois do segundo turno das eleições municipais, tem estressado o mercado e pressionado os ativos brasileiros.

Em entrevista à Times Brasil/CNBC divulgada no domingo (17), o ministro do Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o pacote está fechado e deve ser anunciado em breve, com a pendência apenas da resposta do Ministério da Defesa.

Ranking: Brasil tem o 3º maior juro real do mundo com Selic a 11,25%

*Com informações da Reuters

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Ibovespa cai 0,55% aos 128.196 pontos; dólar sobe 0,9%

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou a quinta-feira (21) em queda de 0,55%,…

Toffoli retira sigilo de depoimentos sobre grampo ilegal da PF na cela de Alberto Youssef

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou, nesta quinta-feira (21), o sigilo…