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Magazine Luiza acelera crédito ampliado para impulsionar vendas físicas e online em 2025, diz CEO

O Magazine Luiza pretende elevar a concessão de crédito em 2025 como forma de acelerar as vendas físicas e online das marcas do grupo, depois que o Banco Central concedeu no mês passado licença para oferta de serviços financeiros por meio da Magalupay.

“Os indicadores estão sólidos e reconfortantes e chegou o momento de se acelerar essa agenda”, disse o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, em conferência com analistas após publicação de resultado do quarto trimestre na noite de quinta-feira (13).

“Os números mais do que evidenciam que é uma estratégia correta e segura”, afirmou o executivo, citando uma situação de inadimplência baixa e quase “pleno emprego”.

As ações da companhia, que mantém parceria com a chinesa Aliexpress na venda de produtos e tem acelerado a expansão ante rivais como a Americanas, que ainda atravessa recuperação judicial, disparavam 12% nesta sexta-feira por volta de 13h, liderando as altas do Ibovespa que mostrava ganho de 2,3%.

Analistas do BB Investimentos afirmaram que o resultado do Magazine Luiza no quarto trimestre, o mais importante para o varejo, veio “misto e abaixo das nossas expectativas”, com crescimento “tímido de receita…ligeira queda de margem bruta”.

Enquanto isso, analistas do JPMorgan citaram que a alta do papel nesta sexta-feira decorre de um aparente “short-sequeeze”, em que investidores vendidos, que apostam na queda do preço de uma ação, saem correndo para comprar papéis para cobrir posições em momentos de alta.

Conversão

Trajano afirmou durante a conferências que o desempenho do Magazine Luiza deve avançar nos próximos trimestres em meio à redução de custos gerada pela licença do Banco Central para a operação da Luizapay, que entre outros fatores permite diminuição com custo de captação de recursos e impostos.

O executivo citou ainda que a demanda no início deste ano segue “forte” e apostou que a esperada desaceleração da economia este ano diante da alta dos juros não será tão intensa quanto a prevista pelo mercado, uma vez que “estamos em uma situação de praticamente pleno emprego, quase todos os salários e benefícios têm ganho real”.

“Não tem porque ser muito pessimista sobre consumo e demanda”, acrescentou Trajano, que está há 10 anos no comando do Magazine Luiza, período em que a empresa se tornou uma das referências do varejo eletrônico nacional, avançando sobre uma série de áreas que incluem logística e serviços de computação em nuvem.

Com o cenário, Trajano afirmou que “vender não é difícil, difícil é vender e ter lucro” por causa da Selic apontando um avanço para além do patamar de 15% neste ano. Para ter rentabilidade e ampliar as vendas, o executivo afirmou que o foco do Magazine Luiza em 2025 será em ampliar a “conversão”, a taxa com que visitantes em lojas físicas e online acabam decidindo por comprar algum produto antes de irem embora.

“Temos centenas de milhões de visitas, quase 500 milhões por ano no ecossistema…Não necessariamente (precisamos) aumentar gastos com marketing”, disse o Trajano, citando trabalhos da empresa para melhorias na usabilidade de suas plataformas, oferta de produtos, meios de pagamentos e ferramentas de inteligência artificial.

“A única maneira de vender com lucro é aumentar a conversão”, disse Trajano, citando ainda planos da empresa de abertura de lojas físicas das marcas do grupo, incluindo Kabum e Netshoes, de forma isolada ou incorporadas dentro de lojas da própria bandeira do Magazine Luiza.

 (Por Alberto Alerigi Jr.)

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