A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou na noite deste sábado (7) a interdição e suspensão imediata de todas as atividades da mina de ouro subterrânea Turmalina, em Conceição do Pará (MG), após deslizamento de uma pilha de rejeitos.
Segundo o auto de interdição da ANM, a decisão de paralisar a mina, de propriedade da empresa canadense Jaguar Mining, ocorreu após uma vistoria realizada no sábado pela agência reguladora na Pilha Sanoco, com “não comprovação da segurança do empreendimento, constatando risco iminente”.
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A agência reguladora informou que foi realizada evacuação dos moradores da comunidade de Casquilho de Cima na manhã de sábado, mantendo-se no local somente pessoal da equipe de drenagem de mina, para garantir questões de segurança no local. Cerca de 75 pessoas foram realocadas para hotéis.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que não houve vítimas.
Um posto de abastecimento de combustível da mina e um tanque de emulsão foram atingidos pelo deslizamento, mas os tanques foram preservados, conforme relato da empresa à ANM.
“Após vistoria, foi verificado que o ocorrido na pilha não teve interferência direta na barragem, a qual mantém seu status, com níveis de segurança dentro dos parâmetros de legislação e sem anomalias”, acrescentou a agência reguladora.
Em nota, a Jaguar Mining afirmou que, na manhã de sábado, sua equipe identificou “uma anomalia” em pilha de rejeitos da Unidade Turmalina durante inspeção. Segundo a empresa, foram tomadas as devidas providências, e prestado suporte aos moradores da comunidade local.
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Mina de ouro subterrânea
De acordo com informações do site da Jaguar Mining, Turmalina é uma mina de ouro subterrânea, que utiliza predominantemente o método de lavra de realce em subníveis. A usina de processamento da unidade, que se encontra na própria área da mina, tem capacidade de moagem de 2 mil toneladas por dia.
Em ofício enviado à ANM, o Ministério de Minas e Energia pediu que fossem “adotadas, de imediato, medidas de fiscalização rigorosas em relação às estruturas e para a efetiva solução da questão”.
O documento da pasta também solicita que sejam aprimoradas ações normativas e práticas para que casos semelhantes sejam imediatamente avaliados quando informados à ANM.