Integrantes do diretório nacional do PT esperam que o próximo nome a ocupar a presidência da legenda seja “menos combativo e mais moderado”, já que o escolhido irá conduzir as alianças partidárias para 2026.
A prioridade máxima, de acordo com integrantes do PT, é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com os petistas, a expectativa é ampliar ainda mais a ideia de “frente ampla” da campanha de 2022.
Os petistas querem buscar acordos com o “centro democrático” e abrir mãos de candidaturas próprias em prol de alianças que garantam apoio ao presidente.
Apesar de manterem o otimismo para as eleições de 2026, membros do diretório do PT reconhecem que o panorama, neste momento, aponta para uma eleição presidencial competitiva.
Para garantir essa aliança mais ampla, a expectativa é que o próximo comando do partido tenha um perfil oposto ao da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Agora, segundo membros do PT, o novo presidente deve assumir uma postura de mais diálogo e ser menos “PT raiz”.
A parlamentar é considerada “combativa” e encabeça críticas, inclusive, a medidas do próprio governo nas redes sociais.
Petistas reconhecem que Gleisi, presidente do PT desde 2017, foi importante para os momentos em que a legenda esteve na oposição, como na presidência de Michel Temer (MDB), durante o período em que Lula esteve preso, além do papel desempenhado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
As eleições internas da legenda devem ser julho deste ano, dois anos depois do PT adiar o pleito interno para evitar “atritos” no primeiro ano do governo.
Um dos nomes que despontam para presidir o PT é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP). Desde o ano passado, o político tem feito reuniões frequentes no Palácio do Planalto com assessores do Presidente.
Edinho ainda tem viajado o país em busca do apoio da militância. Um dos apoiadores do ex-prefeito é o ex-ministro José Dirceu. Ele ainda conta com apoio de parte dos ministros palacianos.
Já o grupo de Gleisi tem visto Edinho como “precipitado” e garantem que o Presidente Lula deu apoio para que a deputada faça o próprio sucessor.
A parlamentar defende um nome do Nordeste para comandar o PT. Entre os citados estão o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e do senador Humberto Costa (PT-PE).
