O MGX é um fundo criado pelo governo de Abu Dhabi para investir em IA. Nesta quarta, porém, fizeram uma incursão mais surpreendente: compraram um pedaço da Binance, a maior e mais famosa corretora de cripto do mundo, por US$ 2 bilhões. O meio de pagamento foi uma stable coin – uma daquelas criptos com lastro em dólar, como a USDT e a USDC (só não disseram qual foi).
Também não disseram o tamanho da fatia comprada com os US$ 2 bi. Logo, não dá para saber qual valor de mercado a Binance adquiriu depois do acordo. As empresas só comunicaram que o MGX se tornou um sócio minoritário.
A Binance, vale lembrar, manteve sua liderança no mercado global de criptomoedas mesmo enfrentando desafios regulatórios nos EUA nos últimos anos.
Richard Teng, que sucedeu o cofundador da Binance, Changpeng Zhao, como CEO, atuou anteriormente como diretor-executivo da Autoridade de Serviços Financeiros de Abu Dhabi.
No mês passado, a SEC (CVM dos EUA), a Binance e Zhao apresentaram uma moção conjunta ao Tribunal Distrital de Columbia pedindo a suspensão de um processo. A alegação era a de que a corretora operava uma “bolsa não registrada” – em outras palavras, que promovia um faroeste financeiro.
A SEC foi uma das várias agências reguladoras a tomar medidas contra a Binance e Zhao em 2023. Muitas dessas entidades, incluindo o Departamento de Justiça dos EUA e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, optaram por um acordo com a empresa no final daquele ano, com a Binance e Zhao concordando em pagar cerca de US$ 4,3 bilhões em multas. Tudo isso enquanto os ativos cripto foram ganhando uma regulamentação mais sólida nos EUA.
A Binance tem uma presença significativa nos Emirados Árabes Unidos, empregando cerca de 1 mil dos seus 5 mil funcionários globais no país.
Com informações da Bloomberg
