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Brasil está no caminho para liderar produção de combustíveis sustentáveis para aviões, diz Alta

O Brasil mantém o potencial de ser líder global na produção de Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF). O apontamento faz parte de relatório divulgado nesta terça-feira, 28, pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta).

No material de título “Rumo à Sustentabilidade na América Latina e no Caribe”, a Alta apresenta avanços, desafios e estratégias sobre como a região pode alcançar suas metas de sustentabilidade e se tornar uma referência em questões ambientais.

A corrida para alcançar as metas globais de redução de emissões de gases do efeito estufa segue liderada pelo Brasil. “Com uma posição de destaque na produção de SAF e uma economia aérea robusta, o Brasil é peça-chave para alcançar os objetivos de descarbonização na aviação”, considera a Alta.

“O Brasil está posicionado como líder absoluto na produção de SAF na região. Projeções indicam que o País será responsável por 60% da produção total de SAF na América Latina até 2050, graças à abundância de matérias-primas como cana-de-açúcar, resíduos agrícolas e óleos usados”, destaca o relatório.

O material também aponta que o Brasil já possui uma infraestrutura avançada para produção de biocombustíveis, derivada de sua liderança no mercado de etanol e biodiesel. “Isso coloca o País à frente no desenvolvimento e na exportação de SAF, contribuindo significativamente para a descarbonização global da aviação.”

América Latina

Desde 1970, o número de passageiros transportados na região representada pela Alta aumentou 18 vezes, passando de 18 milhões para mais de 324 milhões em 2023, superando a média global de crescimento, que foi de 14 vezes. Com o aumento no fluxo, também cresceu a participação do setor nas emissões de CO2.

Embora o SAF, que tem potencial para reduzir até 80% das emissões de CO2 – seja uma ação-chave para alcançar as metas de redução de emissões, a região necessita de um conjunto mais amplo de medidas, afirma o relatório da Alta.

Entre as mudanças apontadas estão: melhorias na gestão do tráfego aéreo, otimização de rotas e investimentos em infraestrutura sustentável. Já entre as recomendações específicas para o Brasil está o aumento de investimentos em infraestrutura, implementações de incentivos fiscais e a promoção à inovação.

“Com uma abordagem estratégica e colaborativa, o Brasil pode transformar desafios em oportunidades, consolidando sua posição como motor da sustentabilidade no setor aéreo da América Latina”, considera o documento.

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