O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu à Volkswagen que não feche fábricas, embora tenha reconhecido que cabe aos proprietários da empresa e aos representantes dos trabalhadores discutir o assunto.
Em entrevista ao grupo de mídia Funke publicada neste sábado (7), Scholz disse que fechar locais “não seria o caminho certo”, pois decisões de gestão deficientes contribuíram para a situação difícil.
Membro do Partido Social-Democrata, o chanceler afirmou que, embora fosse dos proprietários a responsabilidade de negociar as decisões específicas juntamente com os parceiros sociais, é “sempre certo lembrar às empresas de sua responsabilidade”.
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Nova onda de greves
Seus comentários surgem antes de uma segunda onda de greves de advertência dos trabalhadores da Volkswagen em várias fábricas alemãs planejadas para esta segunda-feira (9). Elas são projetadas para pressionar os executivos durante as negociações estagnadas sobre como reduzir custos.
A fabricante está pressionando por um fechamento sem precedentes de fábricas, milhares de demissões e cortes salariais de 10% na sua marca principal, que está lutando com a baixa demanda na Europa e a diminuição de relevância na China, o maior mercado automotivo do mundo.
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