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Chevron mantém negócios com petroleiras na Venezuela apesar do prazo dado por Trump

Empreiteiras de petróleo na Venezuela mantiveram suas atividades com a Chevron e não foram alertadas sobre qualquer iminente paralisação, apesar do prazo estabelecido pelo governo dos EUA para cessar a produção de petróleo no país sul-americano até o início de abril.

A Chevron contrata empresas locais para manter poços de petróleo, fornecer geradores de energia, operar pequenas perfuratrizes e equipamentos especializados, bem como gerir contratos de habitação para os funcionários. Algumas dessas prestadoras de serviços, que trabalham para três joint ventures da Chevron com a estatal Petroleos de Venezuela, não reduziram o ritmo do trabalho, de acordo com cinco pessoas com conhecimento do assunto, que falaram sob condição de anonimato.

A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu o dia 3 de abril como prazo para a petroleira encerrar suas operações na Venezuela, encurtando o período de desmobilização, que anteriormente era de seis meses. O fato de o trabalho da Chevron continuar em ritmo acelerado mais de uma semana após Washington emitir sua ordem destaca o quão desafiador será para a empresa cumprir o novo cronograma, projetado para pressionar Nicolás Maduro a fazer um acordo sobre reformas democráticas e aceitar mais migrantes dos EUA.

A Chevron está “ciente da diretiva do presidente e cumprirá qualquer orientação dada pelo Departamento do Tesouro dos EUA para implementar essa diretiva”, disse o porta-voz Bill Turenne por e-mail. A empresa “conduz seus negócios na Venezuela em conformidade com todas as leis e regulamentos, incluindo o quadro de sanções fornecido pelo governo dos EUA.”

O Ministério da Informação da Venezuela e os funcionários de imprensa da PDVSA não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

A Chevron enfrentou uma situação semelhante em 2020, quando os EUA impuseram pela primeira vez sanções à indústria de petróleo da Venezuela, levando a Chevron a reduzir as operações ao mínimo e dando direções claras aos contratados para interromper o trabalho com meses de antecedência.

Desta vez, não houve orientação para encerrar contratos, apressar faturas ou retirar máquinas e equipamentos, disseram as pessoas. A Chevron também continua a carregar petróleo bruto nas costas da Venezuela, bem como importando diluente necessário para fins de exportação, disse uma das pessoas.

Processo de substituição

À primeira vista, a continuidade dos negócios como de costume no terreno parece estar em descompasso com a urgência demonstrada pela administração Trump.

“Minha interpretação é que a Chevron está muito confiante de que pode obter uma extensão e que está simultaneamente tentando negociar uma nova licença com a administração Trump e o governo de Maduro”, disse Francisco Monaldi, diretor de política energética para a América Latina do Baker Institute for Public Policy da Universidade Rice em Houston.

Nesta quarta-feira (12), o presidente da Chevron para downstream, Andy Walz, disse que a empresa está buscando substituir o petróleo venezuelano em suas refinarias por suprimentos do México, Brasil e Oriente Médio.

“A Venezuela foi sancionada por vários anos sob a administração anterior, e nós fomos buscar petróleo em outros lugares”, disse Walz à margem da conferência CERAWeek by S&P Global em Houston. “Vamos seguir as regras.”

A economia da Venezuela depende fortemente do petróleo. A Chevron e outras empresas menores que receberam permissão de Washington para operar lá têm sido motores cruciais de crescimento, enquanto a própria empresa estatal de petróleo da Venezuela está em frangalhos após anos de subinvestimento.

As operações conjuntas entre a Chevron e a PDVSA contribuíram com um quarto da receita total do regime de Maduro em 2023 e 2024, segundo estimativa da consultoria Ecoanalítica, com sede em Caracas. Sem a Chevron, a economia da Venezuela poderia encolher em até 7,5% este ano, de acordo com o Finance Observatory, um grupo de pesquisa liderado pela oposição.

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