O banco central da China expandiu suas reservas de ouro em novembro, encerrando uma pausa de seis meses nas compras, depois que o preço do metal precioso disparou para um nível recorde.
No fim do mês passado, o ouro detido pelo Banco do Povo da China chegou a 72,9 milhões de onças-troy. Isso representa 160 mil onças a mais do que a reserva registrada desde abril, quando a China pausou as compras após um ano e meio consecutivo de compras.
Essa retomada mostra que o PBOC ainda está ansioso para diversificar suas reservas e se proteger contra a desvalorização da moeda, mesmo com o ouro em níveis historicamente caros.
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A disparada do ouro
O preço do ouro disparou impulsionado pela crescente demanda por reservas diversificadas, em meio a tensões no Oriente Médio e na Ucrânia, bem como incertezas em torno da recente eleição presidencial dos EUA.
O recorde histórico foi registrado em outubro, em torno de US$ 2.700 pela onça-troy (1 kg equivale a 32,15 onças-troy), e alta de 45% em comparação com o início de 2024.
Em agosto, a barra de ouro (geralmente pesando 400 onças) ultrapassou o valor de US$ 1 milhão pela primeira vez na história.
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Mas, após a eleição de Trump e a tensão geopolítica no Oriente Médio mostrar sinais de desescalada, o preço do metal registrou queda e terminou outubro com valorização de 30% ao longo do ano.
Com a alta do preço, a demanda por ouro diminuiu entre um público específico: os consumidores chineses. As vendas no varejo de itens discricionários como joias despencaram. Porém, as barras de ouro e as moedas mantiveram sua posição nos primeiros três trimestres, à medida que os investidores buscam proteger sua riqueza de uma economia enfraquecida.
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