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corte de gastos segue sob holofotes em semana de G20 no Brasil

A semana é mais curta no mercado local com o feriado da Proclamação da República na sexta-feira, mas a tensão fiscal promete persistir com a indefinição da estrutura e do anúncio do corte de gastos do governo. Também serão acompanhados a reunião do G20 no Rio de Janeiro, a ata da reunião do Copom da semana passada, que elevou a Selic a 11,25%, além de dados do setor público, varejo, serviços e balanços, como de Banco do Brasil, CSN, JBS e BRF. Nos EUA, o mercado de Treasuries permanece fechado hoje pelo feriado do Dia do Veterano e a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de outubro, além de uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente da instituição, Jerome Powell, são os destaques nos próximos dias.

Exterior

Um apetite por ativos de risco impulsiona os futuros de Nova York e as bolsas europeias, com investidores à espera do CPI dos EUA e da Alemanha, além de falas de dirigentes de BCs, após o corte de juros do Fed. O petróleo recua com o dólar forte, após já ter subido 0,68% na última semana, enquanto o mercado observa as especulações de que Trump escolherá nomes protecionistas para guiar a sua política comercial. O iene é pressionado com a reeleição de Shigeru Ishiba como primeiro-ministro do Japão. Ishiba busca uma reunião com Trump ainda este mês, a fim de fortalecer a aliança Japão-EUA em meio a possíveis desafios em comércio e defesa.

Brasil

O ambiente externo mais positivo pode ser insuficiente para dar força ao Ibovespa diante das perdas de mais de 1% do petróleo e de 2,87% do minério de ferro na China, após decepção com medidas fiscais no país. O ETF brasileiro EWZ estava estável às 6h30 no pré-mercado em NY. O ADR da Vale caía 2,55%, enquanto o da Petrobrás perdia 0,29% às 7h15. A estatal fica no radar com a notícia de que pode ser proibida de comprar gás natural de outras empresas.

Além de uma definição no campo fiscal, os investidores ficarão atentos aos detalhes da ata do Copom, após o comunicado enfatizar que a execução de medidas fiscais estruturais contribuem para a ancoragem das expectativas de inflação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aceitou e entendeu que as medidas em discussão para cortar gastos são estruturais, mas lideranças do PT entendem que devem atingir também o “andar de cima”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retornará a Brasília nesta segunda-feira pela manhã para tentar destravar a negociação que chega à terceira semana. Porém, o anúncio ainda pode levar alguns dias, porque depende de Lula e de conversas entre o ministro e os presidentes do Senado e da Câmara.

*Agência Estado

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