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Criptomoedas de IA subiram até 23.000% em um ano, mas trazem tanto risco quanto as memecoins

Qualquer coisa que envolva inteligência artificial pode virar hype. E claro que isso também vale para o mundo cripto. Tokens ligados a projetos de IA chegaram a saltar até 23.000% no ano passado – caso do Virtuals.

E eles já formam um mercado de US$ 15 bilhões. Mas o fato é que estão numa área de maior risco dentro do já volátil mercado cripto.

Criptomoedas de IA são aquelas que unem esses dois mundos de alguma forma. Elas podem ser tokens usados na infraestrutura de agentes de IA, por exemplo. Do mesmo jeito que você precisa de ETHs para registrar contratos inteligentes na blockchain do Ehereum, você pode precisar de tokens específicos para usar IAs específicas.

Nesse sentido, uma cripto de IA serve de “combustível” para um sistema de inteligência artificial; da mesma forma que o ETH serve de combustível para o sistema de contratos inteligentes na rede Ethereum.

LEIA MAIS: Quanto devo investir em criptomoedas?

Segundo a equipe de analistas da plataforma Allintra, essas criptomoedas buscam revolucionar o mercado unindo as capacidades avançadas de análise e automação da IA com a segurança e descentralização do blockchain. “Estamos vendo o surgimento de criptomoedas que não são apenas moedas, mas ferramentas tecnológicas poderosas que facilitam a transformação digital em escala global”, diz o analista de blockchain no Allintra, Pedro Amaral.

Ganhos maiores, riscos também

As criptos de IA tentam se afastar da imagens de memecoins – criptos que servem para rigorosamente nada, e não vêem problema nisso. Elas sobem quando viram modinha e tendem a desaparecer sem deixar vestígios, com o valor retornando a zero.

Não faltam golpes também no mundo das memecoins – cria-se uma cripto inútil (que faz referência a um seriado, uma celebridade ou seja lá o que for), levanta-se dinheiro com incautos, e os criadores desaparecem com o dinheiro.

As criptos de inteligência artificial são pouco conhecidas e estão ligadas a um fenômeno cultural (a própria ascensão da IA). Logo, a comparação se torna inevitável.

A “defesa” dos projetos sérios dessa seara é justamente deixar claro que essas criptos são focadas em soluções reais, ou seja, têm utilidade. Mas isso não significa que elas sejam qualquer coisa próxima de um “investimento seguro”.

“Nem todo projeto de IA sobreviverá. Muitos ainda estão em desenvolvimento, sem soluções funcionando de fato. Podemos ter aquela disparada inicial e uma queda gigantesca logo em seguida”, explica Paula Reis, analista parceira da Ripio.

Além disso, esses ativos não têm a maturidade de um Bitcoin ou de um Ethereum. Podem dar um grande prejuízo mesmo que o mercado mais amplo de cripto não passe por uma queda tão forte. “O investidor tem que planejar muito bem o capital a aportar e estar preparado para grandes flutuações”, completa Reis.

LEIA MAIS: Milhões de bitcoins podem estar perdidos para sempre; veja como isso afeta o preço da cripto

Um grande exemplo já foi visto no mercado neste começo de ano. Depois de chegar a uma capitalização de US$ 15 bilhões, o mercado de criptos de IA perdeu US$ 2,5 bilhões em apenas uma semana, com ativos como o ai16z e o Virtuals caindo cerca de 50%, depois de subirem 250% e 180% em dezembro, respectivamente.

Criptos de IA para ficar de olho

Apesar do risco de que muitos desses ativos possam sumir em um futuro próximo, analistas consultados pelo InvestNews enxergam algumas oportunidades em projetos com potencial de crescimento. Confira alguns deles:

Fetch.ai (FET)

A Fetch.ai combina IA e blockchain para criar agentes autônomos que podem executar tarefas para empresas, como encontrar passagens aéreas mais baratas ou fazer gestão de energia. “O projeto visa aumentar a eficiência em setores como logística e finanças, utilizando o token FET como combustível para suas operações”, explica a Allintra.

Já João Canhada, CEO do grupo Foxbit, lembra que a Fetch.ai se fundiu aos tokens AGIX, da SingularityNET, e OCEAN, do Ocean Protocol, no ano passado e ainda está em um processo que pretende criar a Artificial Superintelligence Alliance (ASI). “Apesar de ainda estar longe de ser um celeiro de projetos como o Ethereum, a FET é até que bem posicionada dentro do setor”, diz Canhada.

Virtuals Protocol (VIRTUAL)

O Virtuals permite que seus usuários criem e monetizem agentes de IA via blockchain para serem usados em diferentes aplicações, como jogos ou metaverso. Ou seja: ele tokeniza esse tipo de software – permitindo que investidores se tornem “acionistas” de projetos.  

Sua estrutura oferece um modelo de copropriedade, em que os criadores desses agentes podem participar dos processos de tomada de decisão do Virtuals, fazendo com que todos estejam interessados nas melhorias da plataforma.

Near Protocol (NEAR)

Trata-se de uma blockchain especializada em realizar transações rápidas e com baixo custo, a Near cria um ambiente que favorece uso de IA no desenvolvimento de aplicativos descentralizados (DApps; como lojas de NFTs dentro de games, por exemplo).

Numeraire (NMR)

Ele combina IA e blockchain para criar um hedge fund descentralizado. Esse fundo faz uma coleta inteligente de dados a partir de vários modelos de análise para realizar investimentos nos mercados de ações.

The Graph (GRT)

Pretende funcionar como um “Google das criptomoedas”. Trata-se de um sistema para indexação e consulta de dados contidos em blockchains, buscando torná-los mais acessíveis para os usuários, em especial os desenvolvedores de DApps.

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