A descarbonização da economia global está progredindo muito lentamente e, embora melhorias tenham ocorrido entre economias desenvolvidas, os países emergentes não têm conseguido reduzir suas emissões de carbono, alertou a agência de classificação de risco Fitch Ratings em um relatório publicado nesta quarta-feira (9).
As emissões globais de CO2 subiram 1,8% no ano passado, em comparação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 2,9%, segundo o relatório.
A proporção de emissões em relação ao PIB caiu pouco mais de 1%, em linha com o declínio médio anual dos 25 anos anteriores e bem abaixo da queda anual de 8% necessária nesta década para atingir a meta de zerar as emissões líquidas até 2050, acrescentou o documento.
A Fitch observou que, embora as emissões de dez economias desenvolvidas tenham caído para o nível mais baixo desde 1970, os mercados emergentes como um todo não conseguiram fazer nenhum progresso em direção à descarbonização — com as emissões de CO2 e o PIB de dez países emergentes monitorados pela Fitch aumentando 4,7% no ano passado.
“A falta de progresso na descarbonização nos mercados emergentes é particularmente preocupante, dado o crescimento mais rápido do PIB e o aumento da participação no consumo global de energia”, disse a Fitch.
A agência disse que uma das razões para o desempenho fraco dos países emergentes foi a falta de investimento em projetos de energia limpa.