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Ibovespa recua 0,14% sem novidades na seara fiscal; dólar fica estável em R$ 5,76

Sem gatilhos locais vindos da seara fiscal e em um dia de subida mais expressiva dos juros futuros mais longos, o Ibovespa não obteve suporte suficiente para voltar para o campo positivo e fechou a sessão em queda de 0,14%, aos 127.698 pontos.

Ibovespa hoje

Em um pregão volátil, o índice oscilou entre os 127.411 pontos e os 128.210 pontos.

As ações da Vale voltaram a ser destaque negativo ao cair 2,27%, a R$ 57,32. Esse é o terceiro pregão seguido de perdas para a empresa.

A companhia vem sofrendo desde que a China anunciou novas medidas de estímulo que frustraram agentes financeiros.

Desde o fechamento de quinta-feira, antes do anúncio chinês, a empresa já perdeu R$ 28,1 bilhões em valor de mercado, fechando a sessão de hoje em R$ 260,4 bilhões.

Por outro lado, a sessão foi de alta para os papéis da Petrobras. As PN subiram 1,88%, a R$ 36,93, enquanto as ON avançaram 0,97%, a R$ 39,52.

Em relatório divulgado hoje, analistas do J.P. Morgan não descartaram a chance de que a companhia anuncie dividendos extraordinários junto com a divulgação do novo plano estratégico, que ocorre no fim do mês.

Surpresas positivas com o balanço da Localiza ajudaram a impulsionar uma subida mais firme dos papéis, que terminaram no topo das maiores altas, ao subir 6,79%, a R$ 45,46.

Já os papéis da Cogna caíram 5,41%, a R$ 1,40, e lideraram as perdas.

O volume financeiro do índice foi de R$ 17,6 bilhões e de R$ 24,3 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou as negociações exibindo ligeira alta, bem perto da estabilidade, mesmo com a moeda americana apreciando firme no exterior contra todas as moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

A leitura entre operadores é a de que o investidor pode estar evitando se posicionar contra o real neste momento.

Já que há decisões relevantes para a seara fiscal a serem definidas, que podem destravar uma melhora relevante do câmbio brasileiro.

Da mesma forma, os profissionais veem o mercado brasileiro menos exposto às futuras medidas de Donald Trump, levando os agentes a buscarem dólares em outros mercados.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,01%, cotado a R$ 5,7698, depois de ter tocado na mínima de R$ 5,7535 e encostado na máxima de R$ 5,7980.

Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,36%, a R$ 6,1237.

O real esteve entre as três melhores moedas da sessão, entre as 33 mais líquidas.

A divisa brasileira teve apreciação de 1,23% ante o peso mexicano; 1,51% ante o peso chileno; e 1,56% contra o peso colombiano.

Já o índice DXY exibia apreciação de 0,46%, aos 106,027 pontos.

Bolsas de Nova York

Os principais índices das bolsas de Nova York rondavam a estabilidade no pregão desta terça-feira (12), pausando o rali após a eleição do republicano Donald Trump como o novo presidente dos Estados Unidos.

Contudo, desde o início desta tarde firmaram queda, com pressão da alta das taxas dos títulos do Tesouro americano (os Treasuries) e um movimento de realização de lucros antes da divulgação de dados de inflação.

Ao final dos negócios o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, caía 0,86%, aos 43.910 pontos, enquanto o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, recuava 0,29%, para 5.984 pontos.

Por fim, o índice que reúne empresas de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, desvalorizava 0,08%, para 19.282 pontos.

Nos últimos dias, tanto o Dow Jones como o S&P 500 vinham renovando suas máximas históricas.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram em queda firme, no maior declínio desde agosto, em meio a preocupações sobre os impactos das políticas de Donald Trump e de uma guerra comercial para as economias europeias.

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 2,01%, a 502,07 pontos.

DAX de Frankfurt recuou 2,13% a 19.033,64 pontos.

FTSE, da bolsa de Londres, teve queda de 1,22%, para 8.025,77 pontos.

Já o CAC 40, de Paris, caiu 2,69%, para 7.226,98 pontos.

Trump já escolheu alguns nomes para sua gestão e a imprensa americana reportou que o senador Marco Rubio deve ser indicado para o cargo de secretário de Estado. Rubio é considerado agressivo com relação à China.

O integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Olli Rehn, disse que a Europa deve se preparar para tensões comerciais crescentes, e que as taxas de juros do.

A expectativa por tarifas sobre a China levou as ações do setor de luxo europeu a caírem mais 4%, segundo o índice Stoxx 600, enquanto as ações de mineradoras recuaram 3,59% e também se destacaram, com quedas nos preços de commodities.

Na Alemanha, o índice Zew de sentimento econômico recuou refletindo a vitória de Trump e o colapso da coalizão governante no país. Eleições antecipadas foram marcadas para fevereiro de 2025.

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