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Ibovespa recua em semana com EUA e Oriente Médio no radar; dólar sobe

O Ibovespa encerrou o dia em alta enquanto o dólar em queda, depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos criou muito mais empregos do que o esperado em setembro, apagando expectativas de outro corte de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve.

Porém, em uma semana que foi marcada por temores  fiscais e do mercado internacional com o aumento de tensão no Oriente Médio, o movimento de hoje não foi suficiente para reverter a alta do dólar e queda da bolsa na semana.

O Ibovespa encerrou o dia com ligeiro ganho de 0,09%, aos 131.791,55 pontos, representando queda de 0,7% na semana.

Já o dólar recuou 0,32% no dia, mas em alta de 0,37% na semana com a cotação de R$ 5,4564.

O Escritório de Estatísticas Trabalhistas dos EUA informou que foram abertas 254.000 vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, bem acima da estimativa de 140.000 dos economistas, enquanto o número de agosto foi revisado para cima. Já a taxa de desemprego, de 4,1%, ficou abaixo do esperado.

Os rendimentos dos Treasuries subiram para seu nível mais alto desde meados de agosto e investidores abandonaram as apostas de que o Fed cortará os juros em 0,50 ponto percentual no próximo mês.

“O número foi fenomenal. Ficou bem acima das expectativas. A taxa de desemprego caiu, e isso mostra que a economia está forte”, Gene Goldman, diretor de investimentos da Cetera Investment Management.

“Todos os dados desta semana sugeriram que a economia está forte. Isso coloca um prego final no caixão do Fed.”

A reabertura dos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo dos EUA nesta sexta-feira, depois que trabalhadores e operadores portuários chegaram a um acordo salarial para resolver a maior paralisação do setor em quase meio século, trouxe mais alívio para a economia norte-americana. Entretanto, espera-se que a liberação do acúmulo de cargas leve algum tempo.

No cenário doméstico, os dados norte-americanos tinham o efeito particular de reduzir as perspectivas do tamanho do aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA nos próximos meses, à medida que o Banco Central realiza um novo aperto monetário, o que vinha valorizando o real em sessões recentes.

Preocupações com o equilíbrio das contas públicas também têm esfriado a demanda pelos ativos brasileiros, enquanto o mercado mostra dúvidas sobre a capacidade do governo de alcançar a meta de déficit primário zero neste ano.

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