O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (10) que a hospitalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve interferir nas votações de projetos prioritários do governo no Congresso Nacional.
Os congressistas estão em um esforço concentrado nessas próximas duas semanas, para votar propostas antes do recesso parlamentar.
Dentre as prioridades do governo estão as votações da PEC do Corte de Gastos, a LOA (Lei Orçamentária Anual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a regulamentação da reforma tributária.
Na segunda-feira (9), mesmo com mal-estar, Lula manteve as reuniões com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado respectivamente.
Segundo Padilha, Lula e os congressistas conversaram a respeito da liberação de emendas parlamentares. Lira e Pacheco teriam garantido o “compromisso em fazer tudo o que for necessário para votar as medidas que reforçam o cumprimento do marco fiscal”.
“O fato de Lula estar hospitalizado não interfere nesse ritmo”, afirmou.
Cirurgia de Lula
Na madrugada desta terça-feira (10), Lula foi encaminhado às pressas ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para um procedimento na cabeça, após receber o diagnóstico de hemorragia intracraniana.
Lula entrou em contato com a equipe médica após sentir dores de cabeça. Segundo eles, o sangramento foi consequência do tombo que Lula sofreu ainda em outubro.
O presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e feriu a parte de trás da cabeça, precisando de cinco pontos.
Desde então, não tinha tido complicações. O chefe do Executivo parou de fazer exames periódicos e foi liberado para viagens aéreas há exatamente um mês.
A equipe médica informou que o sangramento, no caso de Lula, é normal. No entanto, por ele não ter tido queixas no último mês, não era esperado.