As ações da Nike operam em forte queda após o anúncio das tarifas nos EUA, que também impactaram as big techs. Entenda por quê.
As ações da gigante de calçados e roupas esportivas Nike (NKE) operavam em forte queda na Nyse, uma das principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (3). Por volta das 16h15 (horário de Brasília), os papéis eram negociados a US$ 56,15, registrando um tombo de quase 14% no pregão.
A desvalorização ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas recíprocas para mais de 180 países – incluindo o Brasil.
Nike (NKE) em queda: entenda por quê
Um dos principais impactos recai sobre a Nike, que concentra grande parte de sua produção no Vietnã, país que foi taxado em 46%, uma das maiores alíquotas impostas pelo governo americano.
As novas tarifas atingem diretamente países onde empresas americanas, como a própria Nike, estabeleceram sua produção ao longo das últimas décadas. Estima-se que a companhia produza cerca de 50% de seus calçados no Vietnã.
Além da Nike, aproximadamente 39% dos modelos da Adidas também são produzidos no país asiático, segundo informações da Bloomberg.
Tarifas de Donald Trump: big techs também sofrem
Além do setor esportivo, as tarifas impactaram as big techs, levando a fortes quedas nos mercados. Ainda por volta das 16h27 (horário de Brasília), as ações da Apple (AAPL) na Nasdaq eram negociadas a US$ 202,41, uma retração superior a 9% nesta quinta-feira (3).
Os papéis da Amazon (AMZN) caíam mais de 8% no mesmo horário, enquanto os da Meta (META) recuavam mais de 7%. Já a Nvidia (NVDA) acumulava perdas de 7% no dia, ampliando a desvalorização para mais de 25% desde o início deste ano.
Ao anunciar as tarifas, Donald Trump exibiu uma tabela e afirmou que a medida visa corrigir distorções comerciais que afetam a indústria americana. O Brasil será taxado em 10% sobre seus produtos exportados aos Estados Unidos.
