Líder da delegação brasileira na COP29 em Baku, no Azerbaijão, o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin ganhou força para presidir a COP30, em Belém, em 2025.
A ideia do governo brasileiro é indicar um “nome forte” para comandar a conferência climática no próximo ano — e, de quebra, fazer um aceno político ao vice-presidente.
Até o momento, estavam sendo cotados o secretário do clima e meio ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, e a secretária de mudança climática do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni.
Nomear Alckmin, entretanto, daria mais peso político ao cargo, especialmente pela sua experiência como gestor e por sua ligação estreita com o setor produtivo — ele também chefia o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Além disso, ainda segundo fontes do governo, seria uma forma de ter na presidência da COP alguém com status ministerial — o que não é obrigatório, mas já virou tradição.
Politicamente, a nomeação aplacaria o mal-estar de Alckmin em torno das negociações sobre quem será o vice da chapa petista em 2026, e poderia turbinar uma eventual candidatura sua ao Senado Federal.
Interlocutores da comitiva brasileira na COP29 apontam que o fato de Alckmin ter sido enviado a Baku — no lugar de Lula, que não viajou por razões médicas — “abriu uma porta importante”.
O presidente da COP30 — responsável por articular as tratativas com outros países e organizar as agendas da conferência climática — deve ser anunciado ao fim da COP29.
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