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Para Startup de eSports do Grupo Globo, Ano da Indústria Foi Positivo, Apesar de Ajustes


Leandro Valentim, CEO da Player1, startup de jogos eletrônicos do Grupo Globo

O mercado de games e eSports continua sendo uma potência apesar dos desafios. Esse é um dos principais argumentos de Leandro Valentim, CEO da Player1, startup de jogos eletrônicos do Grupo Globo, sobre o mercado e as perspectivas futuras para um ecossistema que fatura mais de US$ 1 bilhão anualmente.

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Na semana passada, a Player1 realizou mais uma edição do Premio eSports Brasil (PeB), principal reconhecimento para os talentos dessa indústria. De acordo com Valentim, a desaceleração recente nos games e eSports contribuiu para que “as empresas colocassem os pés no chão e ajustarem seus modelos de negócio para garantir um futuro mais sustentável e alinhado às novas demandas do mercado.”

Forbes Brasil – Pode nos dar uma dimensão de como está o mercado de jogos eletrônicos?
Leandro Valentim – O mercado de games e eSports, mesmo passando por um ano de ajustes, continua sendo uma das indústrias mais vibrantes e cheias de potencial. Um dos grandes destaques é a capacidade dos games de prender a atenção das gerações Z e Alpha, que são conhecidas por serem mais difíceis de engajar. Essas gerações encontram nos jogos e nos criadores de conteúdo algo único, uma conexão profunda, ficando concentradas por muito mais tempo do que em outras formas de entretenimento, como assistir a esportes tradicionais como o futebol.

FB – Quais os principais marcos deste ano de 2024?
Valentim – Vivemos um período de reorganização e reavaliação estratégica. Depois do crescimento explosivo durante a pandemia, o mercado deu uma desacelerada, algo natural e que já era esperado. Isso não aconteceu só no setor de games, mas também em outras indústrias digitais, como as Big Techs. No caso dos games e eSports, essa pausa serviu para as empresas colocarem os pés no chão e ajustarem seus modelos de negócio para garantir um futuro mais sustentável e alinhado às novas demandas do mercado. No universo dos eSports, especificamente, houve um redesenho de estratégias. Por exemplo, publishers como a Riot Games reformularam campeonatos, como o CBLOL, para garantir que os torneios continuassem atraentes e viáveis para investidores e equipes. A ideia era também garantir que os torneios continuem fortes, que as equipes tivessem condições de se manter competitivas e que os fãs recebessem conteúdos de qualidade. Tudo isso faz parte de um movimento para construir um ecossistema mais sólido e preparado para o longo prazo.

FB – E do ponto de vista das marcas apoiadoras?
Valentim – Do lado dos patrocinadores, 2024 trouxe uma pausa estratégica. Muitas marcas revisaram suas abordagens e aprenderam com os investimentos feitos durante o boom da pandemia. Com isso, estamos vendo um mercado mais profissional e confiável, com projetos bem estruturados ganhando destaque, o que ajuda a fortalecer a credibilidade do setor. Olhando para 2025, o clima é de otimismo. Já dá para notar novos projetos e pedidos de propostas voltando a ganhar força.

FB – Qual o papel do prêmio para fomentar a indústria?
Valentim – O PeB chegou à sua oitava edição e já virou tradição do universo gamer. É a hora em que ídolos, fãs, jogadores e comunidades, mesmo tão diversas, encontram um ponto em comum aqui, o da celebração. Os games e os eSports têm uma variedade enorme de jogos e públicos, mas o PeB consegue juntar tudo isso em uma grande noite. É onde a gente vê os melhores jogadores, streamers, casters, organizações e publishers dividindo o mesmo palco e dialogando com diversas comunidades. É o momento em que todo mundo deixa de lado os projetos individuais para celebrar o mercado como um todo, mostrando força, união e o impacto dessa indústria. Mais do que entregar troféus, o PeB tem um papel importante: levar os games e eSports para o mainstream, furando a bolha. A transmissão pelo SporTV já é tradição, e o evento também marca presença na TV Globo, no GE.com e em outros grandes veículos de imprensa.

FB – Quais as perspectivas para a premiacao nos próximos anos?
Valentim – A nona edição, no ano que vem, já trará inovações que apontam para onde queremos levar a nossa celebração. A ideia é oferecer uma experiência ainda mais conectada com o público e expandir as formas de interação entre as diversas comunidades que compõem esse ecossistema tão rico. A décima edição, sem dúvida, será grandiosa. Planejamos novidades incríveis, desde formatos diferentes até novos elementos que vão reforçar nosso compromisso em unir, projetar e celebrar os games e eSports em todas as suas vertentes. Falando em tendências, eu destaco a força dos games avançando em todas as searas de esporte, de entretenimento, música e mídia. Ao longo do tempo, tivemos muitos exemplos que já aconteceram e estão cada vez mais fortes no Brasil. Outra tendência que merece destaque é a entrada dos games no cenário olímpico. A criação das Olimpíadas de Esports pelo Comitê Olímpico Internacional reforça como esses dois mundos estão se cruzando e como o reconhecimento do esporte eletrônico.

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