A Cosan (CSAN3) foi considerada a empresa com os melhores fundamentos e recomendação de compra dentro do setor de petróleo e gás, superando até mesmo a Petrobras (PETR4), segundo um levantamento da Status Alpha, plataforma de inteligência artificial da Status Invest.
O levantamento também analisou outras gigantes do setor no Ibovespa, incluindo Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3), empresa formada pela fusão entre 3R Petroleum e Enauta. A análise levou em conta os indicadores dos últimos balanços de resultados de cada uma das empresas e classificou as companhias com base em critérios fundamentalistas.
A seguir, confira a lista completa das empresas que mais se destacam dentro do setor de petróleo e gás, de acordo com o levantamento da Status Alpha.
Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) lidera a lista de melhores empresas para investir no setor de gás e petróleo no mercado brasileiro. Com base em dados atualizados em 24 de agosto de 2024, após a divulgação do último balanço da empresa, a Cosan possui uma recomendação de compra e uma nota de classificação de fundamentos 87, em uma escala de um a 100, onde o maior número representa a melhor pontuação.
“Com base nos resultados financeiros mais recentes do Cosan S.A., a empresa está entre as 10% melhores empresas de Energia. Isto é motivado principalmente pelo seu desempenho superior em EBITDA Ajustado por Arrendamento e Índice P/VP do período quando comparado com seus pares”, destaca a análise feita pela plataforma.
Prio (PRIO3)
A Prio (PRIO3) aparece em segundo lugar na lista. Ao contrário da Cosan, a companhia possui uma recomendação “estável”, em vez de compra, e uma classificação dos fundamentos de 74. Segundo a plataforma, as ações da empresa não devem superar o benchmark do setor e os resultados financeiros recentes colocaram a companhia dentro da média do segmento.
“Vale a pena notar que a Prio S.A. demonstrou um desempenho relativamente forte em Caixa e Equivalentes, mas teve um desempenho inferior ao do setor quando se tratou de Total de Passivos”, destaca o relatório.
Ultrapar (UGPA3)
Os papéis da Ultrapar (UGPA3) aparecem logo em seguida, também com uma recomendação estável. Já a nota de classificação dos fundamentos para a empresa é de 69. Com base no último relatório financeiro da companhia, a análise publicada pela plataforma no dia 08 de agosto deste ano destaca que é improvável que as ações da empresa superem o desempenho do benchmark do setor.
“Embora a empresa tenha demonstrado um desempenho relativamente forte em Índice P/VP do período, Variação Líquida de Caixa ficou atrás de seus concorrentes. Historicamente, não houve uma forte relação entre resultados mistos nestas duas métricas e uma ação com desempenho superior aos pares do setor”, destaca a Status Alpha.
PetroReconcavo (RECV3)
Em quarto lugar na lista, a Status Alpha destaca as ações da PetroReconcavo (RECV3), que também possuem uma classificação estável, mas com uma nota de fundamentos de 66.
“Vale a pena notar que a Petroreconcavo S.A. demonstrou um desempenho relativamente forte em Variação Líquida de Caixa, mas teve um desempenho inferior ao do setor quando se tratou de Total de Passivos”, destaca o relatório publicado pela plataforma no dia 9 de agosto deste ano.
Brava (BRAV3)
A empresa resultante da fusão entre 3R Petroleum e Enauta aparece em quinto lugar no ranking, mas já com uma recomendação diferente das anteriores, considerada “abaixo da média”. Além disso, a nota de classificação dos fundamentos é de 62.
Para o levantamento, a plataforma considerou os últimos resultados financeiros de 3R Petroleum e destacou que a companhia “não parece ser uma opção de investimento muito atraente no setor de Petróleo, gás e combustíveis para o consumidor”, com base na análise fundamentalista dos indicadores do balanço.
“Analisando o desempenho passado, um desempenho relativo mais fraco nestas métricas tem sido frequentemente associado a uma menor probabilidade de as ações de uma empresa superarem os concorrentes do setor”, destaca a Status Alpha.
Petrobras (PETR4)
As ações da Petrobras (PETR4) ocupam a penúltima posição na lista, também com uma classificação “abaixo da média”. A nota de fundamentos para as ações da estatal é de 56, com base na análise publicada no dia 9 de agosto deste ano.
Entre os pontos fracos dos fundamentos da empresa, a plataforma estaca o EBITDA ajustado e a relação entre o Último Preço do Período e Valor Contábil. Por outro lado, o total de passivos aparece como um ponto forte.
“Os resultados financeiros mais recentes da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras colocam a empresa entre 30% das piores empresas de Energia, impulsionado pelo seu desempenho fraco em Variação Líquida de Caixa e Caixa e Equivalentes em relação aos seus pares do setor”, destaca a análise.
Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3)
Por fim, os papéis da Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3) aparecem na última posição da lista, com uma classificação de venda e uma nota de fundamentos de 54.
“Isto é motivado principalmente pelo seu desempenho inferior em Investimento de Capital Líquido e EBITDA Ajustado por Arrendamento quando comparado com seus pares. Analisando o desempenho histórico, resultados mais fracos nestas duas métricas raramente coincidiram com um desempenho de ação superior em relação aos rivais do setor”, explica o relatório publicado em 14 de agosto deste ano.
Vale ressaltar que essa matéria não representa uma recomendação de compra ou venda de ações. O texto busca apenas apresentar a análise da Status Alpha em relação às ações do setor, que é marcado por alguns dos principais nomes do Ibovespa, como Petrobras (PETR4).