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Segundo uma pesquisa do Procon-SP, realizada com mais de sete mil pessoas, 27,23% dos entrevistados afirmaram já ter sido vítimas de vazamento de dados. Esses vazamentos geralmente envolvem informações pessoais, como nome, CPF, endereço e e-mail – dados que são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A lei exige que empresas que armazenam esses dados adotem medidas rigorosas de segurança e sigam as normas estabelecidas para garantir a privacidade e a proteção dos titulares.
Apesar disso, muitos líderes corporativos não parecem preocupados com a segurança dos dados de seus clientes. Segundo estudo da Arcserve, a maioria dos profissionais de TI reconhece a importância da proteção de dados, mas 25% acreditam que seus líderes não levam isso a sério.
Segundo Aline Deparis, CEO da Privacy Tools, reconhecer a importância dos dados pessoais não só ajuda na manutenção da conformidade com a LGPD, mas é também um benefício do ponto de vista comercial: “Já existem estudos que afirmam que o investimento em privacidade é sim significativo, em especial para o mercado B2B. Porém, um dos maiores ativos que a privacidade conquista é a confiança do cliente”, afirma a empresária.
De acordo com estudo do LINC (Laboratório de Inovação Digital da CNIL – Commission Nationale de l’Informatique et des Libertés da França) feito para avaliar a conformidade da GDPR (General Data Protection Regulation), a lei de proteção de dados da União Europeia, é estimado que em 55% dos casos onde houve conformidade com a lei, a abordagem gerou uma maior confiança dos clientes. Além disso, em 21% dos casos, o respeito à privacidade foi visto como uma vantagem competitiva no mercado B2B.
Para Lucas Leite, DPO da Privacy Tools, se importar com a proteção de dados é mais do que cumprir obrigações legais. “Trata-se de construir um relacionamento de confiança com os clientes, assegurando que suas informações estão seguras. Empresas que priorizam essa proteção ganham não apenas em conformidade, mas em valor de mercado e lealdade do cliente, visto que já existem, inclusive, pesquisas que apontam que clientes não fariam negócios com empresas que não protegem seus dados”.
Ao garantir que as políticas de proteção de dados sejam uma prioridade, as empresas não apenas evitam penalidades regulatórias, mas também constroem uma reputação sólida e confiável no mercado. À medida que a pressão por conformidade e segurança aumenta, líderes que se comprometem com a privacidade não apenas protegem seus clientes, mas também garantem a longevidade e o sucesso de suas organizações.
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