Emocionado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou a esposa, Michelle Bolsonaro, ao aeroporto de Brasília, neste sábado (18), onde a ex-primeira-dama embarcou para os Estados Unidos, onde vai participar da posse do presidente Donald Trump.
Bolsonaro, que está com passaporte retido, queria ir ao evento, mas teve mais uma solicitação negada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que apontou um “risco de fuga” do ex-presidente, indiciado em três casos diferentes.
“Estou chateado, estou abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política“, disse Bolsonaro em conversa com jornalistas neste sábado (18).
Ao ser questionado sobre a “perseguição”, o ex-presidente disse se considerar um “preso político” no Brasil.
“Eu sou preso político, apesar de andar sem tornozeleira eletrônica… espero que a sua excelência não queira colocar em mim para me humilhar de vez. […] Estou constrangido, queria estar acompanhando minha esposa. Eu queria estar lá [Estados Unidos], eu pré-agendei encontro com chefes de Estado e, lamentavelmente, não vou poder comparecer”, continuou Bolsonaro.
De acordo com ele, que está inelegível após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Donald Trump “sabe o que está acontecendo” e que “com toda certeza, pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas”.
Ao comentar a ausência no evento de posse norte-americana, Bolsonaro disse que estar presente significaria representar muito mais do que apenas ele próprio.
“Não é o Jair Bolsonaro, eu represento, no mínimo, 58 milhões de pessoas no Brasil. […] Represento a direita, os conservadores, sendo presidente de honra do maior partido político do Brasil. Obviamente seria muito bom a minha ida lá, o presidente Trump gostaria muito, tanto é que me convidou”, disse.