A multinacional norte-americana Sherwin-Williams anunciou nesta segunda-feira (17) a aquisição da divisão de tintas arquitetônicas da Basf no Brasil, incluindo a tradicional marca Suvinil, por US$ 1,15 bilhão. A transação será feita integralmente em dinheiro e ainda depende da aprovação das autoridades regulatórias brasileiras, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025.
A venda da Suvinil faz parte da estratégia global da Basf de reestruturação de portfólio, chamada “Winning Ways“, que visa focar em negócios mais alinhados às operações centrais da companhia. No fim de 2024, a multinacional alemã já estava buscando compradores.
“A Suvinil é um negócio de alto valor que vem atraindo interesse significativo no mercado. Por meio deste desinvestimento, pretendemos desbloquear o verdadeiro potencial da empresa”, afirmou Anup Kothari, membro do conselho executivo da Basf, em comunicado.
A Sherwin-Williams, que já tem presença na América Latina, afirmou que vê a aquisição como um movimento estratégico para fortalecer sua participação no mercado brasileiro de tintas decorativas. “A Suvinil é uma marca reconhecida e confiável. Estamos empolgados em unir as forças das duas empresas para agregar ainda mais valor aos clientes”, disse Heidi Petz, presidente e CEO da Sherwin-Williams.
Além da Suvinil, a operação inclui a marca Glasu!, voltada para tintas de acabamento premium, além de todos os contratos e ativos relacionados ao negócio.
Atualmente, a Suvinil opera duas fábricas, em São Bernardo do Campo (SP) e Jaboatão dos Guararapes (PE), empregando cerca de 1 mil funcionários. Em 2024, a empresa registrou receita aproximada de US$ 525 milhões.
De acordo com a Sherwin-Williams, a expectativa é de que a incorporação da Suvinil traga sinergias operacionais, ampliando margens e tornando o negócio ainda mais competitivo. O mercado agora aguarda a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a conclusão da transação
Fundada em 1961, a Suvinil nasceu como uma marca voltada para o setor automotivo, mas rapidamente expandiu sua atuação para tintas decorativas. Seu nome vem da combinação de “Super” e “Vinil”, em referência ao látex sintético usado nas tintas imobiliárias. Em 1969, a empresa foi adquirida pela Basf, tornando-se líder no mercado brasileiro.