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Vale expande presença no Oriente Médio com parceria chinesa para usina em Omã

Escavadeiras movimentam minério de ferro em mina da Vale em Parauapebas, no Pará.

A Vale fez uma parceria com a siderúrgica chinesa Jinnan Steel Group para construir em Omã uma planta de concentração que fornecerá minério de ferro de alta qualidade para a produção de pelotas e briquetes na região, o que irá contribuir com a fabricação de produtos de baixo carbono.

Com um investimento inicial superior a 600 milhões de dólares, a usina a ser instalada no porto e na zona de livre de comércio de Sohar, em Omã, será de propriedade da Jinnan.

Gustavo Pimenta, presidente da Vale (à esq.), Sua Excelência Qais Mohammed Al Yousef, ministro de Comércio, Indústria e Promoção do Investimento de Omã, e Zheng Jiaping, presidente da Shanxi Jinnan Iron & Steel Group.

A usina de Sohar está programada para entrar em operação em meados de 2027, processando 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para produzir 12,6 milhões de toneladas de concentrado de alta qualidade, disse a empresa.

Em nota, o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que o projeto aumenta a capacidade da empresa de atender à crescente demanda global por minério de ferro de alta qualidade e reforça sua presença no Oriente Médio.

A Planta de Concentração de Sohar representa um investimento fundamental para a Vale, pois aumentamos nossa capacidade de atender à crescente demanda global por minério de ferro de alta qualidade e reforçamos ainda mais nossa presença no Oriente Médio. Esse projeto reúne a capacidade do Brasil de produzir minério de ferro de alta qualidade com a localização privilegiada e a infraestrutura de Omã para ampliar a integração entre os dois países, além de reforçar nossa parceria com a China por meio da Jinnan.

gustavo pimenta, presidente da vale

A Vale investirá 227 milhões de dólares para conectar a usina às suas instalações de aglomeração na região, enquanto a Jinnan Steel, uma siderúrgica privada com sede na província de Shanxi, no norte da China, investirá cerca de 400 milhões de dólares na construção e na operação da usina.

Segundo a empresa, esta parceria permitirá que o minério de ferro seja transformado em um concentrado de maior qualidade para produzir posteriormente pelotas de alta qualidade e, no futuro, briquetes, com impacto ambiental reduzido.

A Vale destacou que pretende replicar esse modelo de investimento para os complexos industriais (“mega hubs”), onde a empresa planeja construir e operar plantas de concentração de minério de ferro e de produção de briquetes.

LEIA MAIS: Vale e BHP fecham acordo de R$ 170 bilhões por desastre de Mariana

A expectativa nesses complexos é que as partes locais construam a infraestrutura logística necessária e que investidores ou clientes construam e operem as plantas de redução direta e sejam os compradores do HBI.

A Vale já anunciou a construção de “mega hubs” no Oriente Médio (Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) e assinou acordos para desenvolver o mesmo modelo no Brasil e nos Estados Unidos.

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