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cautela no exterior pode pesar nos ativos domésticos

A agenda desta quarta-feira é fraca de indicadores, mas traz o Livro Bege, discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey. Uma cesta de balanços internacionais também movimentará o dia, entre eles, Boeing, Tesla e Carrefour. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Paulo Picchetti, estarão em eventos em Washington, onde ocorrem as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Exterior

Os mercados adotam uma postura mais defensiva nesta quarta-feira, com juros dos Treasuries engatando o terceiro dia de alta diante da aposta de cortes mais comedidos dos juros nos Estados Unidos e riscos com uma eventual vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais. O movimento traz pressão aos futuros de Nova York e as bolsas da Europa são influenciadas ainda por resultados mistos de balanços corporativos. As ações do Deutsche Bank caíam 2,39% às 7h30 na Bolsa de Frankfurt após o banco divulgar lucro maior que o esperado, mas decepcionar com as provisões. O petróleo caía perto de 2%, após duas sessões de ganhos, diante de relatos sobre aumento dos estoques nos EUA e com os conflitos no Oriente Médio no radar.

Brasil

A queda do petróleo e de 1,91% do minério de ferro pode pesar no Ibovespa. O ADR da Petrobrás caía 0,22% há pouco e os da Vale desvalorizavam 0,66% no pré-mercado em Nova York. A alta dos rendimentos dos Treasuries pode impulsionar os juros futuros, mas a agenda esvaziada tende a limitar a liquidez. Já o dólar mais forte ante maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities pode levar a cotação a superar R$ 5,70.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse ontem que alcançar o grau de investimento tem que ser “meta fundamental” do governo de Lula. Ele afirmou que o Brasil tem vulnerabilidade fiscal importante, e precisa ter muita responsabilidade nesse cenário. O País bateu recorde de arrecadação com impostos em setembro, com R$ 203 bilhões.

*Agência Estado

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